De minha autoria, sim!
Olá Camaradas!
A minha "veia poética" decidiu atacar-me hoje, mas quem sofre são voces meus fieis DOIS leitores! (Obrigado mãe!)
Aconselho vivamente que leiam esta poesia ao som da música: "Canon in D" de Johann Pachelbel! (Caso não tenha essa música, também serve: "Os seios da Cabritinha" de "Joa"Quim Barreiros ou uma qualquer de Dino Meira)
Aqui fica o que me assaltou a mente esta tarde:
O TEMPO
O tempo consome-me,
Usa-me,
Utiliza-me,
Desgasta-me,
Queima-me o gosto da vida,
Comprime os prazeres e deveres.
Consome-me.
Não luto, não vale a pena.
Ele sempre ganha.
Sempre consome o Homem.
O insignificante Homem e a sua carne.
Mas algo fica,
Algo belo,
Algo único,
Algo meu, algo teu, algo nosso,
Ficamos nós, uns dos outros
E os que virão.
O tempo os vai consumindo,
Mas mais virão
E neles estaremos.
Tu, eu e os outros,
Todos neles,
Contra o tempo
Que consome cada um
Mas não todos.
Resistimos.
Persistimos.
Perecemos.
Renascemos.
Uns nos outros.
Uns dos outros.
Uns para os outros.
Eternamente contra o tempo.
Despeço-me com amizade! Até breve!